domingo, 30 de junho de 2013

Em Maria a aliança de Deus com o mundo

Continuação dos comentários ao Pequeno Ofício da Imaculada Conceição


Em Maria, Deus cumpre sua promessa de aliança com o mundo

Ainda sobre essa luminosa prefigura da Virgem, comenta outro ilustre mariólogo:

“O arco que Deus fez aparecer entre as nuvens, para tranquilizar a seu servidor Noé e aos descendentes deste; para ser um fúlgido testemunho de sua reconciliação com o mundo, do pacto que Ele contraiu com toda carne vivendo sobre esta Terra; esse arco-íris, que não cintila senão de um brilho emprestado aos raios do sol, não é ele também uma tocante imagem de Maria, Mãe de Jesus, pela qual Deus cumpriu sua promessa, uma vez que d’Ela saiu Aquele em quem são abençoadas todas as nações?” 17


O arco-íris é, pois, gracioso símbolo de Nossa Senhora, “reconciliadora do Céu com a Terra. É Maria o instrumento da aliança entre Deus e os homens. Quando nossas iniquidades irritam ao Senhor e pedem vingança, a Santa Virgem intervém, e tão eficazmente, que Deus se deixa flectir e perdoa: Refugium peccatorum, ora pro nobis — Refúgio dos pecadores, rogai por nós!” 18

17) LE MULlER, Henry. Dela Très-Sainte Vierge d’aprés les Saintes Écritures et les Pères del’Église. Paris: Pilon, 1854. Vol. I.p. 77.
18) ROLLAND. La Reine du Paradis. 8. ed. Paris: Langres, 1910. Vol. I. p. 152.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Maria: arco-iris

Continuação dos comentários ao Pequeno Ofício da Imaculada Conceição
Arco-íris que une a Igreja triunfante à Igreja militante
Ilustrando seu discurso sobre o Santo Nome de Maria, comenta São Bernardino de Siena:
“As estrelas do firmamento servem para manter a ordem e a estabilidade no mundo inferior: elas são como as medianeiras entre o Céu e a Terra. Tal é, precisamente, a função da Bem-aventurada Virgem, Senhora e Rainha deste mundo. Ela une e concilia a Igreja Triunfante à Igreja Militante. Seu nascimento anuncia que, doravante, existirá a paz entre o Céu e a Terra.
“Ela é o arco-íris dado pelo Senhor a Noé em sinal de aliança, e como penhor de que o gênero humano não será mais destruído. E por quê? Porque é Ela que trouxe à luz Aquele que é nossa paz, Aquele que de duas naturezas fez uma só pessoa, Aquele que reúne em si mesmo Deus e o homem, para confirmar a paz” 13
Arco-íris da esperança, em meio às provações deste vale de lágrimas
Elevada e piedosa relação entre a figura do arco-íris e a Santíssima Virgem, estabelece o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira: “Neste vale de lágrimas em que somos peregrinos, tentações, sofrimentos e perplexidades são inerentes a toda a vida espiritual. Contudo, em meio às nossas dores e aflições morais, sempre vislumbramos a esperançosa figura de um arco-íris: Maria Santíssima!
“Ela nos acompanha em nossa peregrinação rumo à Pátria Celestial, ajudando-nos em todas as vicissitudes, envolvendo-nos com seu maternal, constante e infatigável amor, o qual nenhuma infidelidade pode esmorecer, e que reiterados atos de bondade, deste emanados, não o lograrão extinguir” .
Arco-íris que aplaca a cólera divina
Semelhante pensamento desenvolve o Pe. Jourdain, em sua obra dedicada às grandezas de Maria: “O arco-íris alegra a Terra e lhe proporciona uma chuva abundante e benfazeja. Do mesmo modo, Maria consola os fracos, enchendo de júbilo os aflitos e inundando copiosamente os áridos corações dos pecadores, pela fecunda chuva da graça. [...]
“Deus contempla esse seu arco-íris — Maria Santíssima — estendendo sua proteção sobre a Terra. E apesar dos pecados dos homens, apesar das nuvens acumuladas pela sua justa cólera, Ele se lembra de sua misericórdia. É bem se referindo a Maria que Deus diz a Noé:
«Porei o meu arco nas nuvens e ele será o sinal da aliança entre Mim e a Terra»” 
Arco-íris formado com os sete dons do Espírito Santo
Com expressiva unção, o Pe. Thiébaud assim interpreta esse símbolo de Nossa Senhora:

“Quando, depois de uma tempestade, percebemos o arco-íris baixando das nuvens sobre a Terra, não podemos nos impedir de admirar esse belo manto, tecido com as sete cores primitivas, verdadeiro símbolo da misericórdia. Mas, o esplendor desse fenômeno logo se eclipsa em presença de Maria, na qual os sete dons do Espírito Santo refulgiram com tanta magnificência. Se, durante a tormenta do Calvário, Maria quis tomar o nome de Nossa Senhora das Sete Dores, foi também para que sua rica vestimenta, refletindo esperança, se tornasse para nós um verdadeiro arco-iris, nas tristes circunstâncias de nossa vida”.
13) SENA, Bernardino de. Sermão na festa do Santo Nome de Maria. Apud JOURDAIN, Z.-C. Op. cit. p. 620.
14) CORREA DE OLiVEIRA, Plinio. Conferências em 16/6/1972 e 12/4/1989. (Arquivo pessoal).15) JOURDAIN, Z-C. Op. cit. p. 432.

sábado, 15 de junho de 2013

Belo íris celeste

Comentários ao Pequeno Oficio da Imaculada Conceição
Belo íris celeste
A Terra retornara à sua normalidade, depois da grande e terrível inundação do dilúvio. Noé, juntamente com seus filhos e todos os animais salvos do castigo, haviam desembarcado. Iria recomeçar a história do mundo.
Após abençoar ao seu fiel servo, Deus disse a Noé (Gen. IX, 9-17):
“Eis que vou fazer minha aliança convosco e com a vossa posteridade depois de vós, e com todos os animais viventes, que estão convosco, tanto aves, como animais domésticos e animais selváticos, que saíram da Arca, e com todas as bestas da Terra. Farei a minha aliança convosco, e não tornará mais a perecer toda a carne pelas águas do dilúvio, nem haverá mais para o futuro, dilúvio que assole a Terra.
“E Deus disse: Eis o sinal da aliança, que faço entre Mim e vós, e com todos os animais viventes, que estão convosco, por todas as gerações futuras: Porei o meu arco nas nuvens, e ele será o sinal da aliança entre Mim e a Terra.
“E, quando Eu tiver coberto o céu de nuvens, o meu arco aparecerá nas nuvens, e me lembrarei da minha aliança convosco e com toda a alma vivente que anima a carne; e não voltarão as águas do dilúvio a exterminar toda a carne (que vive). E o arco estará nas nuvens, e Eu o verei, e me lembrarei da aliança eterna que foi feita entre Deus e todas as almas viventes de toda a carne que existe sobre a Terra.
“E Deus disse a Noé: Este será o sinal da aliança que eu constituí entre Mim e toda a carne (que vive) sobre a Terra.”
A Imaculada Conceição: princípio da era de paz entre Deus e os homens
Se, pois, um lindo e diáfano arco-íris nos evoca o solene pacto estabelecido entre Deus e os homens viventes, deve aquele nos recordar, também, a Santíssima Virgem, de quem é harmoniosa figura.
Com efeito, o íris de bonança “encerra um simbolismo de reconciliação entre Deus e os homens, e de paz, quer historicamente (Gênesis), quer literariamente. Os dois caracteres que nele se encontram — beleza e pacificação — vemo-los realizados em Maria, na sua imaculada beleza que é considerada, desde o primeiro instante, obra-prima de Deus.
“O fato de uma filha de Adão ser concebida sem culpa original, é o exórdio da nova era de paz e de reconciliação que Cristo trouxe à Ter ra” 12

Arco-íris que une a Igreja triunfante à Igreja militante

Continua no próximo post.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Nossa Senhora enquanto trono espiritual do Filho de Deus

Trono espiritual do verdadeiro Salomão
“Jesus encontra seu repouso na virgindade de Maria, porque Ele ama a pureza. Ele repousa sobre sua caridade, pois ama a concórdia entre os irmãos. Ele repousa sobre sua humildade, porque Lhe agrada a alma tranquila. Maria é seu trono bem favorito, o lugar de sua paz e de suas delícias” .
Esse aspecto de Nossa Senhora enquanto trono espiritual do Filho de Deus nos é apresentado também por outros ardorosos encomiastas da Santíssima Virgem. Para Fr. Luís de Granada, Ela “é figurada pelo formosíssimo trono de Salomão, do qual diz a Escritura que era feito de marfim, e estava revestido de um ouro muito resplandecente, e que obra como aquela não fora nunca realizada em todos os reinos do mundo (III Reis, X, 20). As quais coisas, todas perfeitissimamente convêm a esta sacratíssima Virgem, como a trono espiritual d’Aquele verdadeiro Salomão, pacificador do Céu e da Terra” .
Por sua vez, São Tomás de Villanueva assim comenta:
“O trono de Salomão era de marfim e ouro finíssimo, com seis degraus e dois braços. A Virgem é o trono de nosso pacífico Salomão, de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo a carne; a Virgem, digo, que Ele formou de marfim e ouro finíssimo e limpíssimo, porque a criou puríssima e imaculada.
“Os seis degraus são as virtudes de todas as hierarquias eclesiásticas que teve em si, isto é, patriarcas, profetas, apóstolos, evangelistas, mártires, confessores, virgens, anacoretas. E os dois braços, a criação e a preservação do pecado. Escultura maravilhosa e admirável obra do Excelso”.
E São Pedro Damião diz que o “Nosso Salomão, não somente o mais sábio dos Reis, mas a própria sabedoria do Pai, não apenas o Rei Pacífico, mas nossa paz, [...] preparou para si um trono, o seio da puríssima Virgem. Sobre esse trono repousa a Majestade que, com um sinal, abala a Terra. [...]
“A substância do marfim merecia ser empregada nessa obra maravilhosa e sem rival. O marfim, com efeito, resplandece de admirável brancura; ele é sólido e resistente; ele é frio, de seu natural. Existe alvura mais fulgurante que a virgindade de Maria, que atrai todos os olhares da admiração da corte celeste? Há força maior do que aquela de que se serviu a própria força de Deus, para arrebatar ao demônio suas armas?
Existe substância mais estranha a todo fogo impuro, do que a substância sombreada pela virtude do Altíssimo, e defendida contra todo pecado pela plenitude do Espírito Santo que desceu sobre ela?” 1
Trono de Deus para os pecadores
Magnífico trono do Rei dos reis, “Maria é também um trono de Deus para os pobres pecadores. São Paulo escrevendo aos hebreus nos convida a nos aproximarmos d’Ela: «Aproximemo-nos com confiança, diz ele, do trono da graça».
“Aqueles que pecaram, arrastados por maus desejos, encontrarão misericórdia ao se aproximarem desse trono. Aqueles que pecaram por ignorância e cegueira, obterão a graça de Deus, segundo a oportunidade do momento: Utgratiam inveniamus in tempore opportuno.

“Maria será o trono de Deus no dia do juízo; trono do qual partirá o raio para espantar os miseráveis, e que brilhará como o sol, para ale grar os bons” 2
1) DAMIÃO, Pedro, Sermo 1 de Nativ. B. M Virg. Apud JOURDAIN, Z-C. Op. cit. p. 215.
2) Idem, p. 536-537.

sábado, 8 de junho de 2013

Consagração ao Imaculado Coração de Maria

Há 96 anos, na manhã de 13 de maio de 1917, Nossa Senhora aparecia a três pastorinhos portugueses que cuidavam de suas ovelhas nas relvas da Serra do Aire, próximo de Fátima. A mensagem da Mãe de Deus, dirigida então a um mundo conturbado pela Grande Guerra, repercute até os dias de hoje, conservando toda a sua grave e misericordiosa instância: “Se querem a paz,  rezem o Terço todos os dias; deixem de ofender a Deus, já tão ofendido”. Nas aparições seguintes,  pedirá ainda a Rainha do Céu e da Terra que os povos se consagrassem ao seu Coração Imaculado,  manancial de dádivas e clemências divinas.
“Aparecendo aos pastores de Fátima — escreveu Plinio Correa de Oliveira — a Virgem Santíssima prometeu as maiores graças, como fruto da consagração a seu Imaculado Coração. Inútil insistir sobre a importância  de uma promessa d’Aquela a quem a Igreja chama Virgo Fidelis. Em rigor, porém, por mais confortadora que essa promessa seja, ela não é indispensável. Com efeito, Nossa Senhora é Mãe. Qual a mãe  zelosa, que ouviria distraidamente, negligentemente as carícias de seus filhos? Qual a mãe que diante de sua família, toda reunida para lhe tributar homenagem, houvesse de desviar indiferente o pensamento, e houvesse de retribuir com a máxima frieza interior, a todo o carinho de que estivesse sendo objeto? Tendo diante de si [um povo inteiro], Maria Santíssima haveria de se mostrar indiferente  a essa consagração? Haveria de fechar os olhos a nossos propósitos e recusar nossa súplica?

“Evidentemente, jamais. E por mais profunda que fosse a excelência de disposições do melhor e  do mais santo dos povos, em se consagrar a Maria Santíssima, ainda muito mais profunda é a deliberação d’Ela em aceitar e corresponder à nossa consagração. De onde se deduz, tudo bem pesado, que  o fruto da consagração é o estabelecimento de um vínculo real e especial entre o Coração de Maria e  nós” (Legionário, de 15/7/1945)

terça-feira, 4 de junho de 2013

Maria: O trono de Salomão

Comentários ao Pequeno Ofício da Imaculada Conceição
O trono de Salomão
O livro terceiro dos Reis, descrevendo as glórias e riquezas de Salomão, filho de David, assim nos apresenta seu magnífico sólio o Rei Salomão um grande trono de marfim, e guarneceu-o de ouro muito amarelo, o qual tinha seis degraus; e o alto do trono era redondo pelo espaldar; e dois braços, um dum lado, e outro doutro, sustinham o assento: e havia dois leões junto de cada braço. E doze leõezinhos postos sobre os seis degraus, duma parte e doutra; não se fez obra semelhante em nenhum outro reino (do mundo).”
Entretanto, mais do que por seu esplendor material, valia esse régio assento pelo fato de simbolizar Aquela que seria o riquíssimo trono do verdadeiro Salomão, Nosso Senhor Jesus Cristo.
Obra-prima destinada ao Divino Salomão
Percorramos algumas das belas páginas da Mariologia que focalizam Nossa Senhora enquanto representada pelo trono do Rei Sábio. Escreve o Pe. Jourdain:
“Entre as figuras que Deus multiplicou no Antigo Testamento para simbolizar Maria e nos proporcionar uma ideia de suas sublimes perfeições, cumpre assinalar o trono de Salomão, esse grande trono de marfim revestido de puríssimo ouro, esse trono maravilhoso do qual o Espírito Santo afirma que não foi feita semelhante obra em reino algum. Esse trono de marfim e de ouro era a obra-prima destinada ao Rei Salomão: quem o poderá comparar ao trono que Deus preparou para si mesmo, a Bem-aventurada Virgem Maria?
“Quão preciosa é a matéria desse trono! A carne de Maria devia fornecer os primeiros elementos do adorável corpo de Jesus; e sua alma havia de ser ainda mais pura do que esta carne virginal. E com que arte o Criador de todas as coisas, Aquele cujas menores obras excedem todas as concepções do gênio humano, com que arte, digo, não trabalhou Ele esta matéria perto da qual o ouro e o marfim são menos que o pó?
“O Pai trabalhava pela honra de seu Filho, o Filho trabalhava por -sua Mãe, o Espírito Santo trabalhava por sua celeste Esposa. Ó trono do Divino Salomão, como sois belo, como sois perfeito! [...]
Trono revestido das mais belas virtudes
“Esse trono é grande pela própria humildade de Maria, cuja baixeza foi objeto da observação do Senhor, para elevá-La acima de todas as criaturas. É grande porque Maria possui, a um grau incomparável, todos os dons naturais e sobrenaturais que Deus distribuiu, com medida, entre as demais obras saídas de sua adorável mão.
“Esse trono é de marfim, pois Maria é a Virgem das virgens. Ele está inteiramente recoberto do mais puro ouro, porque Deus concedeu a Maria a mais ardente e mais perfeita caridade, superior à dos próprios Querubins e Serafins.
“O trono de Salomão contava seis degraus. A humildade de Maria, sua virgindade, seu espírito de pobreza, seu pudor, sua paciência e sua temperança foram os seis degraus desse místico trono.
“A parte superior do trono era redonda, o que faz lembrar a esperança das coisas celestes. Os dois braços que sustentavam o trono representam o respeito e o temor. Maria, com efeito, temia e respeita va seu Filho: Ela via n’Ele seu Senhor e seu Deus.
“Havia dois leões junto aos dois braços, e doze leõezinhos sobre os seis degraus. As virtudes de Maria estavam bem guardadas, e os mais poderosos dos Anjos do Senhor velavam junto d’Ela para rechaçar o inimigo de todo o bem.

sábado, 1 de junho de 2013

Maria e o simbolismo da Aurora

Ouvistes, sem dúvida, os amantes da bela natureza se extasiarem sobre o maravilhoso efeito do nascer do dia. Viste-os empreender longas viagens e passar noites inteiras no cimo de montanhas glaciais, a fim de se encontrarem, pela manhã, prontos a desfrutar do radioso espetáculo de uma bela aurora.
O Sol ainda não se levantou; não se distingue nem um de seus raios, e, entretanto, uma certa luz intermediária, semelhante à da alegria, já faz renascer a natureza. Há, então, entre a noite e o dia, alguns instantes de luta. Logo o horizonte se colore de mil matizes, e o lado do Oriente aparece todo em fogo. É então que acreditareis ver cada criatura retomar sua vida, sua cor, sua inteligência, como se retoma um traje de gala após a noite onde tudo é sombrio e incolor. [...]
Os esplêndidos fulgores de um meio-dia de verão não têm o encanto desta aparição resplandecente, que exerce sobre a natureza um tão grande domínio.
Digno de lástima seria aquele que permanecesse indiferente a este imponente quadro, e que, podendo ser testemunha de um tão belo espetáculo, não sentisse seu coração disposto a glorificar, reconhecido, a majestade das obras de Deus!
Mas, quanta distância há entre todas essas belezas da Terra e as belezas espirituais que Maria nos veio trazer! É Ela que, no dia de seu nascimento, foi um presságio de misericórdia que antecedeu somente de algum tempo ao Sol de Justiça, o desejado das nações. É Ela que precede a marcha desse gigante dos Céus, como para preparar nossos olhos à luz divina, que logo inundará a Terra.
À sua vista, comprazemo-nos em exclamar com o Espírito de Deus:
Ó Homens, [...] alegrai-vos; a hora da esperança chegou: já a noite passou com seus terrores e seus espantos; ele se aproxima, esse belo dia prometido há tanto tempo. É Maria, verdadeira aurora da salvação, que nos aparece hoje, [...] radiosa, Ela própria, da felicidade que nos traz”.1
1 THIÉBAUD. Victor-Joseph. Les Litanies de la Sainte Vierge expliquées et commentées, apud CLÁ DIAS, EP, João Scognamiglio. Pequeno Ofício da Imaculada Conceição comentado. 2.ed. São Paulo: Associação Católica Nossa Senhora de Fátima, 2010, p.343-344.